

Uma das maiores estrelas do basquete mundial e agora embaixador cultural dos Estados Unidos esteve no Flamengo na manhã desta sexta-feira. Mas a euforia no entorno da Gávea não tinha nenhuma relação com ele. No dia da apresentação de Vágner Love, Kareem Abdul-Jabbar, maior pontuador da história da NBA, virou coadjuvante.
Envolvida com a apresentação de Love, a presidente Patricia Amorim não esteve no evento com o ex-pivô. Encontrou-se com ele antes da palestra, em reunião privada, e entregou uma camisa rubro-negra com o número 33. O astro da NBA até tirou uma foto ao lado do novo reforço para o futebol do Fla, mas parecia alheio. Perguntado sobre a movimentação no clube, pareceu não entender do que se tratava. Preferiu falar sobre sua visita ao Rio de Janeiro.
- Fiquei lisonjeado com a alegria das pessoas por minha vinda aqui. Estou bem longe de casa e fui muito bem recebido - disse Abdul-Jabbar, que também não encontrou o time de basquete do Flamengo, que está em São Paulo, disputando o NBB.
A festa para Vagner Love parecia fazer questão de se fazer presente. Durante a rápida entrevista que o ex-atleta deu aos jornalistas, os fogos de artifício comemorando a chegada do atacante tornaram quase impossível ouvir o que Abdul-Jabbar dizia.
Nada disso, porém, parecia importar para quem estava no Ginásio Hélio Mauricio. Na arquibancada, jogadores da base de Flamengo, Fluminense, Jacarepaguá, Cabo Frio e do time de basquete do AfroReggae. Todos mal piscavam ao ouvir a palestra. Quando o ex-jogador do Los Angeles Lakers abriu espaço para as perguntas, a maioria destacou a alegria por estar ali.
Mas o futebol seguia se "intrometendo". Na segunda pergunta da plateia, queriam saber se ele tinha um time de "soccer".
- Vinte anos atrás, eu tive a oportunidade de conhecer o Pelé. E eu vi ele jogando. Então, sempre torci pelo Santos. Não quero desrespeitar o anfitrião, mas o Santos era o time que eu conhecia.
O Brasil é o primeiro país que Kareem Abdul-Jabbar visita desde que foi nomeado embaixador cultural pela secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton. Antes de chegar ao Rio, ele passou por Salvador. Em sua palestra, destacou a importância da educação na vida dos jovens atletas que estavam ali. Para o basquete brasileiro, o conselho foi investir mais em áreas carentes.
- O basquete ficará mais competitivo no Brasil se ele se tornar mais acessível, com mais quadras nos bairros. Assim as crianças podem jogar mais entre si. Foi assim que eu aprendi. Não tinha ninguém para ficar lá ensinando - afirmou o ex-jogador.
Fonte: Globoesporte.com
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