A desagradável experiência de 2007, quando teve que usar balão de oxigênio para os jogadores e viu alguns atletas e membros da delegação passando mal ao fim da partida, fez o Flamengo mudar completamente a logística de sua viagem à Bolívia. Precavido diante dos efeitos da altitude de 4.200 metros, o clube também se preocupou em minimizar os efeitos do complicado trajeto entre Sucre, onde montou sua "base", e Potosí.
No lugar do convencional ônibus que transporta a delegação, jogadores e comissão técnica farão a viagem de cerca de 160km em 14 carros convencionais, formando um verdadeiro comboio para chegar ao treino de reconhecimento do estádio, neste domingo. A mesma tática deverá ser utilizada na quarta-feira, data da partida decisiva contra o Real Potosí pela pré-Libertadores.
A ideia dos responsáveis pela viagem do time é amenizar o desgaste do caminho sinuoso e com inúmeras subidas. "O caminho era complicado, o ônibus balançava, a gente não conseguia se sentir bem. Não é fácil chegar lá em cima (Potosí). Neste ano, a coisa está melhor planejada", destacou Renato Abreu, que também participou da "inesquecível" viagem de 2007. Além do meia, o lateral Léo Moura também fez parte daquele grupo.
A preocupação é tão grande desta vez que o grupo do Flamengo chegou à Bolívia oito dias antes do jogo. Além de uma semana de preparação na cidade de Sucre, a 2.800 metros de altitude, o time realizou um amistoso contra o Universitario para se ambientar às condições adversas. Com gol de Renato Abreu, o rubro-negro venceu o jogo-treino por 1 a 0, mas mostrou que ainda precisa de ajustes para o jogo de quarta.
Após o treino de aclimatação da tarde deste domingo, o time volta a Sucre, onde ficará até quarta-feira. Somente então no dia da partida decisiva contra o Real Potosí, o time "sobe a serra" novamente para encarar a pressão da torcida local e os 4.200 metros de altitude no jogo pela pré-Libertadores.
Fonte: Uol Esporte
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